Com doces relembranças que ficaram atrás,quero apenas dizer que minha,a nossa incomparável "Garapeira Ypiranga" com y mesmo! completou 70 anos de açucarada existência neste dia 7 de setembro.Foi ela uma das primeiras maravilhas que me encataram em Santarém, bons idos de 1942,quando aqui cheguei.Com o tempo,Cipriano Rocha - o foclórico e espirituoso Pequenino de tantas histórias - tornou-se meu amigo.Quando apanhou uma queda feia,ficando quase inválido, levei-lhe muitas vezes a Sagrada Eucaristia, desde que ficara sem condições de ir à igreja. Atrevo-me a fazer uma afirmativa que só não será endossada por quem não conhece realmente as nossas gostosuras. A garapa que se bebe na "Ypiranga" jamais sofreu alterações em seu famoso sabor.Conserva a mesma qualidade que o maestro Isoca inaugurou em 1922,tocando ferrinho.
Pequenino morreu em 1987. Tive a emoção de ler seu testamento, legando a "Garapeira Ypiranga" a Herbert Farias, o popular "Cacheado", e a sua esposa Juvenita.Os dois cuidaram do velho mocorongo como se fossem seus filhos e ele, agradecido ,deixou-lhes o bem que recebera, também por herança de familiares.Para efeitos legais,o miúdo imóvel que enfeita a Praça da Matriz é propriedade particular,transferido ao Cacheado com a cláusula de inalienabilidade vitalícia.Não pode ser vendido.Em verdade, porém ,ela pertence a toda a população santarena.(são as palavras de Emir Bermeguy quando Garapeira Ypiranga completara 70 anos)
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